terça-feira, 30 de junho de 2009

Sonhos



HÁ SONHOS E SONHOS.

O MEU É SIMPLESMENTE IMPOSSÍVEL.

NÃO O TROCARIA POR NADA:

CULTIVAR ROSAS VERMELHAS

PRA ATRAIR A MINHA FADA.


Como uma onda



Lulu Santos

Nada do que foi será
de novo do jeito que foi
um dia
Tudo passa, tudo sempre
passará.
A vida vem em ondas,
como um mar
num indo e vindo infinito
Tudo o que se vê não é
igual ao que a gente viu há
um segundo
Tudo muda o tempo todo no
mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo
Agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar




Hoje eu tive medo
De acordar de um sonho lindo
Garantir reter guardar essa esperança
Ando em paraísos descaminhos precipícios
Ao seu lado vejo que ainda sou uma criança
Sensível demais eu sou um alguém que chora
Por qualquer lembrança de nós dois
Sensível demais você me deixou e agora
Como dominar as emoções
Quando vem á tona todo amor que esta por dentro
Chamo por teu nome em transmissão de pensamento
Longe a tua casa vejo a luz do quarto acesa
Não tem nada que não vaze que segure essa represa
Sensível demais eu sou um alguém que chora
Por qualquer lembrança de nós dois
Sensível demais você me deixou e agora
Como dominar as emoções
Composição: Jorge Vercillo

Paz do Meu Amor

Luiz Vieira

Você é isso, uma beleza imensa
Toda recompensa de um amor sem fim
Você é isso, uma nuvem calma, no céu de minh'alma, é ternura em mim,
Você é isso, estrela matutina, luz que descortina um mundo encantador.
Você é isso, parto de ternura, lágrima que é pura, paz do meu amor.

Decorei os seus traços




Decorei os seus traços
passei meus pedaços
desejando você.
ter você nos braços
sentir seu calor.
Beijar os seus lábios
sentir seu peito pulsando
e eu morrendo de amor.

Decorei os seus traços
passei meus pedaços
desejando você.
Hoje entrego os meus braços
ofereço calor
e tens de meus lábios
palavras de amor.
Resta o surdo desejo
de sentir os seus beijos
mas não sei se isso é amor.

Decorei os seus traços
desejando você
Já passei meus pedaços
Na ilusão de viver.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Palpite



Tou com saudade de você
Debaixo do meu cobertor
De te arrancar suspiros
Fazer amor.
Tou com saudade de você
Na varanda em noite quente
E do arrepio frio que dá na gente
Truque do desejo,
Guardo na boca o gosto do beijo
Eu sinto falta de você
Me sinto só
E aí, será que você volta,
Tudo à minha volta
È triste.
E aí, o amor pode acontecer,
De novo pra você,Palpite.
Tou com saudade de você,
Do nosso banho de chuva,
Do calor na minha pele
Da língua tua.
Tou com saudade de você
Censurando o meu vestido,
Das juras de amor ao pé do ouvido,
Truque do desejo,
Guardo na boca o gosto do beijo.
Eu sinto a falta de você,
Me sinto só
E aí, será que você volta,
Tudo à minha volta,
É triste.
E aí, o amor pode acontecer,
De novo pra você,
Palpite.

Volta


Enfim te vejo.
Enfim no teu Repousa o meu olhar cansado.
Quando o turvou e escureceu
O pranto amargo que correu
Sem apagar teu vulto amado!
Porém já tudo se perdeu
No olvido imenso do passado:
Pois que és feliz, feliz sou eu.
Enfim te vejo!
Embora morra encontentado,
Bendigo o amor que Deus me deu.
Bendigo-o como um dom sagrado.
Como o só bem que há confortado
Um coração que a dor venceu!
Enfim te vejo!
Manuel Bandeira

Nas ondas da praia
Nas ondas do mar
Quero ser feliz
Quero me afogar.
Nas ondas da praia
Quem vem me beijar?
Quero a estrela-d'alva Rainha do mar.
Quero ser feliz
Nas ondas do mar
Quero esquecer tudo
Quero descansar.

Manuel Bandeira

O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
Manuel Bandeira

CONFISSÃO


Se não a vejo e o espírito a afigura,
Cresce este meu desejo de hora em hora...
Cuido dizer-lhe o amor que me tortura,
O amor que a exalta e a pede e a chama e a implora.
Cuido contar-lhe o mal, pedir-lhe a cura...
Abrir-lhe o incerto coração que chora,
Mostrar-lhe o fundo intacto de ternura,
Agora embravecida e mansa agora...
E é num arroubo em que a alma desfalece
De sonhá-la prendada e casta e clara,
Que eu, em minha miséria, absorto a aguardo...
Mas ela chega, e toda me parece
Tão acima de mim...tão linda e rara...
Que hesito, balbucio e me acobardo.

Manuel Bandeira

Oásis



OASIS
Escrevo aplainando o meu caminho
preparando os meus carinhos
pra você quando chegar.
Venha quando achar que está cansada
de vagar por tanta estrada
e precisa descansar.
Lembre que a presença não é nada
se precisa estar armada
sempre atenta a desconfiar.
Repousa.
Vem beber de minha água
mas não cave em minhas cavas,
que é pra fonte não secar.


(de meu antigo caderno de capa de pano)

Anda

Anda, sonha, não fuge da lida.
Cutiva na vida uma estrada de amor.
O jardineiro por onde ele passa, deixa no ar o perfume da flor.
Quem se ressente, se apaga e se embaça,
só deixa na praça o odor do bolor.
Anda, sonha, cultiva na vida.
Não tenha medo da dor.

domingo, 28 de junho de 2009

Em tudo o que escrevo há sempre você



EM TUDO O QUE ESCREVO HÁ SEMPRE VOCÊ

Em tudo o que escrevo
há sempre você.
Por vezes me atrevo
a sair pra esquecer.
Mas vem no passeio
ao meu lado a sorrir.
Então eu desisto
até de desistir.
Vem pela manhã
passa o dia comigo,
me chama de amigo
e eu amando você.
Então repreendo
minha mente mal sã,
talvez me antevendo
sem você amanhã.
E vem a saudade
e eu preciso escrever.
Porque é só escrevendo
Que eu tenho você.

PENSANDO EM VOCÊ



Quando você sentir vontade de chorar...
Não chore! Pode me chamar que eu choro por você.
Quando você sentir vontade de sorrir...
Me avise! Que eu venho para nós sorriros juntos.
Quando você sentir vontade de amar...
Me chame! Que eu venho amar você.
Quando você sentir que está tudo acabado...
Me chame! Que eu venho lhe ajudar a reconstruir.
Quando você achar que o mundo é pequeno para suas tristezas...
Me chame! Que faço ele grande para tanta felicidade.
Quando você precisar de uma mão...
Me chame! Que a minha é sempre sua.
Quando você precisar de companhia naqueles dias tristes e nublados, ou nos dias ensolarados... Me chame! Eu venho sim!
Quando você estiver precisando ouvir alguém dizer: Eu te amo!
Me chame! Eu digo a toda hora, pois meu amor por você é imenso.
Quando você não precisar mais de mim...
Me avise! Que simplesmente irei embora pensando em você!!!

Autor: Soélis Sanches

Se porventura


Se porventura você pensar que te esqueci.
Se porventura você achar que eu não te amo mais.
Se porventura você acreditar que eu tirei você da minha vida.
Lembre-se de algumas coisas que aconteceram em nossas vidas.
Lembre-se que eu lutei para te conquistar.
Lembre-se que eu nasci para te amar.
Lembre-se que ainda que pareça impossível a cada dia te amo mais.
Lembre-se de tudo que fiz e faço para te conquistar.
Não sei por que, mas eu te amo e quero te amar.
Não sei por que, mas amo demais amar você.
Não sei por que sou assim, mas vivo para te amar.
Não sei por que só sei que te amo.
Se porventura mesmo assim pensar que não te amo.
Tente entender que eu só existo para amar você.
E assim quero viver, viver para amar você.
Te amo demais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
por: Gilvan Yansen

sábado, 27 de junho de 2009

É noite e lá fora fraz frio



É NOITE E LÁ FORA FAZ FRIO

É noite
e lá fora faz frio.
Vejo pela janela que a chuva fininha passou.
Lavou minhas flores, limpou as calçadas,
levou para o rio a sujeira danada
que o vento arrastou ao jardim.

É noite
e lá fora faz frio.
Estou pensando nela
que a chuva fininha não trouxe.
Meu doce infeliz desafio, saudade danada
que o vento soprou sobre mim.

É noite
e la fora faz frio.
Abro um vinho do Porto e me ponho a sorrir.
Olho para a lareira
e me apronto pra vê-la.
Pois um dia há de vir...

Meu coração
não sei porque
Bate feliz
Quando te vê.........
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo..
Mas mesmo assim..
foges de mim...
Ah se tu soubesses como eu sou
Tão carinhoso e muito..muito
Que te quero....
E como é sincero
Meu amor...
Eu sei que tu não
Fugirias..
Mais de mim........
Vem....Vem...Vem...Veeeem..
Vem sentir o calor dos lábios
Meus a procura dos teus....
Vem matar essa paixão....
Que me devora o coração...
Só assim então serei feliz...
Bem..............Feliz.............


Compositor(es): Pixinguinha E João De Barro(braguinha))

Vem
Vontade de falar
Penso em você
Nasce um verso de amor
Pra te lembrar
Dos momentos de prazer
As palavras vão trazer
Nossos sonhos outra vez
Vem
Vontade de cantar
Toma o coração
Vai nascendo uma canção
Pra me lembrar
Da harmonia de te amar
Cada acorde faz voltar
O teu corpo junto ao meu
Eu vou fazer
A nossa canção
Falando de amor
Eu te chamo
E vou gravar
No meu coração
Pra nunca esquecer
Que te amo
Vem
Esquece o que passou
Junta a sua voz
Ao meu canto de amor
Pra perdoar
E tentar recomeçar
Pra rimar e dividir
Minha vida com você

O meu coração está deserto
sem você por perto
ele fica assim...

Jogue suas mãos para o céu
Agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê...

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Branco navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...


Toquinho

O último poema


Assim eu queria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

O lago




Não deves recusar o esforço, porque ele é um caminho.Num lugar que terás de descobrir - que fica sempre alto e longe - existe para ti uma lagoa meio escavada na rocha, com relva muito verde em parte das margens e cantos alegres de pássaros calmos.Encontram-se lá os que amas, fortes e generosos. Sorridentes.Há sol e também a sombra de altas árvores. Por cima, apenas o céu, à distância de um último salto.Não é um destino inevitável, mas um lugar onde és esperado e que podes, ou não, alcançar, conforme a medida do teu desejo. Só quando lá chegares terás alcançado toda a tua envergadura. Só lá te encontrarás contigo mesmo.Existes para chegar a esse lago. Os teus olhos são capazes de pousar nas suas águas limpas, que reflectem já o céu que lhes há por cima.Não se pode querer mal aos caminhos que conduzem a lugares assim, embora sejam escarpados e se torne impossível evitar ferimentos e cansaços quando se segue por eles.Se o teu desejo de chegar for grande, nenhum esforço te parecerá demasiado penoso. E, embora vás a caminho, terás sempre contigo qualquer coisa que é já de ter chegado. Talvez uma certa forma de olhar, resultante daquela luz que se acende por dentro quando nos pomos a caminho dispostos a tudo o que aparecer.E nem haverá problema se a morte te encontrar assim, ainda no gesto de subir: já tens em ti o teu lago, na imagem dele que te fez partir.Não deves recusar a dor, porque ela te constrói, te marca os limites e te faz crescer por dentro dos teus muros.Sem ela, não passarias de um projecto do homem que hás-de ser. Ela edifica-te os músculos, a cabeça e o coração, e não existe outra maneira de chegares a ser aquilo que deves vir a ser.Se não sofresses não haveria ninguém dentro de ti.No cumprimento sério dos teus deveres, encontrarás a dor na forma de esforço e de cansaço.Mas pode muito bem ser que, tarde ou cedo, ela te procure sem disfarces e te faça chorar ou gemer. É frequente que ela se apresente assim, numa nudez que parece cruel e faz lembrar facas ou agulhas.Nem por isso te deves assustar ou desistir.Quando te parecer que tudo está perdido, ri-te, se puderes. É que te estão a oferecer um degrau que te deixará incomparavelmente mais acima no caminho. Deves ver nisso o sinal de que - por qualquer razão - é tempo de andares depressa.Sobretudo, não te queixes. Há assim metamorfoses que parecem aniquilar, mas não passam de formas de fazer surgir a borboleta.Não te queixes, porque receberás umas asas e cores novas.O teu lago - de onde de tão perto se pode olhar o céu - tem um preço que tu saberás dar e não é tão grande assim.





Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.


(Santo Agostinho)

O amor é a fusão de sorrisos, carinhos, palavras, pensamentos, calafrios, olhares, tremores, suspiros, lágrimas, toques, beijos, vergonha, brigas, saudade... O amor é um estado de anormalidade, em que, dois seres se acham em meio a uma grande confusão de gostos. O amor foge a tudo que é certo. Faz da diferença a igualdade, faz das mãos a unidade, faz do gosto o sentimento. Para amar basta estar de peito aberto, ter arrancado a armadura do desencanto estando assim, disposto a encarar as dores e os desamores da vida. Para amar não é preciso ler manual, estudar composição química, fazer cálculos aritméticos, ou ser um gênio, para amar basta ser. Dos mais bonitos aos mais feios, dos mais elegantes aos mais despojados, dos mais alegres aos solitários, dos roqueiros aos pianistas, dos altos aos baixos, dos magros aos gordos, dos que leem a bíblia aos que leem apenas as manchetes dos jornais, dos jogadores de futebol aos jogadores de xadrez, dos que adoram uma festa aos que são mais caseiros, dos poetas aos ladrões, dos modernos aos antigos, todos um dia amarão e serão amados. Muitos irão sofrer, chorar ou gritar, mas isso faz parte. A única regra necessária para amar é saber que o tempo é aliado do amor. Você poderá levar minutos para conquistar a pessoa amada, mas poderá levar anos se for preciso. Você poderá decepciona - lá, magoa – lá, entristecê-la, está incluso na bagagem! Corra, vá a luta, não deixe o amor escorrer em suas mãos, feito água. Não tenha medo! Se declare, escreva poemas, cante musicas, toque instrumentos, chame para dançar, pegue na mão, olhe em seus olhos, arrisque! Esqueça os invejosos, não tenha medo de seus, quem sabe, futuros sogros, passe por cima das barreiras mais altas e façam delas um estimulo para lutar cada vez mais.

Um show para Tamara

UM SHOW PARA TAMARA

Em terras inférteis nasceu em plena luz do dia uma garotinha cujos cabelos negros vieram rebeldes e a pele chegou quase na cor púrpura. A mãe era cega. Meses antes fora dada a um cunhado, por morte do marido, um mero criado que se entregava a um e a outro pelo aluguel de seu dia.

Tinha a garota um irmão. Um menino magro cuja pele os inclementes raios de sol amorenara. O pai o tomara como seu ajudante a despeito de seu porte físico raquítico, obrigando-o a cargas equivalentes à metade do que destinava a um adulto. O tio pensava agora em usá-lo de modo mais brando, encarregando-o de cuidar de suas cabras.

Ocorre que o tio fez da nova esposa uma serviçal das duas outras e o menino era incapaz de vê-la executando as tarefas sem sua ajuda. Levantava-se pela manhã, preparava a primeira refeição para a família e varria o quintal. Punha a roupa para secar ao sol quando a mãe lhe pedia tal ajuda.

Dormiam na sala, ele, a mãe e a garotinha, sobre um tapete, porque não tinham uma cama e nesse ponto era como se ainda estivessem no deserto, onde o menino nasceu sob uma tenda. A dificuldade adicional consistia na obrigação de impedir que a criança chorasse durante a noite, irritando as outras esposas do tio. O menino cuidava disso como lhe fosse possível, mas nem sempre conseguia tal intento. A criança chorava e ele a embalava nos braços, procurado acalmá-la.

As duas outras esposas do tio eram muito ligadas uma à outra e, se não eram amigas da mãe do menino, não eram tampouco inimigas. Vinham de vidas mais requintadas, eram estudadas, inteligentes, bonitas, saudáveis. Dançavam para o marido nas noites especiais, bebiam com ele, comiam com ele, com ele se expunham aos excessos nas noites especiais. Tinham certa dose de boa vontade tentando ensinar boas maneiras à mãe do menino e riam dela por seus duros quadris e excesso de pudores.

Quando a menina completou dois anos e alguns meses o tio, aconselhado por suas duas outras esposas, decidiu levar avante seu intento de atribuir ao menino a função de pastor de cabras. A mãe, o menino e a menina foram então levados em um carro de aluguel até as terras recentemente adquiridas. E naquele lugar solitário foram instalados em uma casa relativamente confortável. Uma ou duas vezes a cada mês o tio vinha por uns dias. Trazia presentes, doces, enfeites. Ao cair da tarde procurava pelo menino encontrando-o sempre atento ao rebanho. Elogiava sua atuação e ao seu modo o confortava. Certa vez disse:

- Minhas duas primeiras mulheres são encantadoras, refinadas, e amorosas. Estou contente com elas, mas não terei herdeiros vindos delas. Sua mãe já deu provas de fertilidade. Se eu não fizer nela um filho homem, farei de você o meu herdeiro.

Quando tal assunto foi assim abordado a menina já estava com cinco anos de idade. O menino tinha oito.

- E o que pensa dar à minha irmã? – Perguntou o menino encarando o tio com olhos frios.

- Ainda não pensei. Com certeza a darei em casamento assim que chegar a oportunidade. Minha posição é garantia para ela de futuro melhor do que seria possível caso meu irmão ainda fosse cabeça da família.

Não há como apurar se aquelas declarações levaram o menino a pensar em seu próprio futuro, quanto mais no futuro da irmã. Contudo é certo que a partir de então ele passou a contar histórias tanto para a menina quanto para a própria mãe.

Com o passar do tempo suas histórias foram se enveredando para cenários de luxo, festas memoráveis ocorrendo em palácios pertencentes a reis poderosos. Mulheres muito bem vestidas, homens importantes apreciando o belo, gente se divertindo em banquetes onde eram servidas as mais finas iguarias. Orgias, adultérios, sangue, vinhos, prazeres, crimes.

Ao atingir quinze anos de idade a menina era mocinha muito bonita e sonhadora. Amava o irmão de todo o seu coração e encantava-se com ele. Também pastora de cabras, gostava de ver o pôr do Sol ao lado dele, expressando também as suas fantasias. Sua dificuldade consistia em suportar caminhadas muito longas, ou esforço físico muito exigente. Vinham lhe às faces manchas vermelhas e, ao peito, imensa dificuldade de respirar. Insistindo, desmaiava.

E foi assim que ao ser levada pelo tio a um médico, descobriu que precisava ser levada a outro médico, e desse segundo a um terceiro. Por fim, soube-se que a acometiam males do coração.

Tendo acompanhado a irmã e o tio, o menino que agora já era um rapaz, teve oportunidade de visitar várias lojas, admirando francamente as mercadorias expostas. Ao tomar ciência do diagnóstico esteve por muito tempo chorando sozinho, escondido, ainda no hospital, sentindo-se inútil. Não poderia jamais salvar a vida da irmã.

Se na região onde exercia certo poder o tio era visto por ele como um homem com certo refinamento, ele o viu claramente grosseiro na cidade grande. E não que tivesse tido a intenção de estabelecer comparações. Apenas eram gritantes as diferenças entre o tio e as pessoas que gravitavam pelos corredores do hospital, ou que podiam ser vistas nas ruas e nas lojas.

Caso desejasse realmente tentar a cura para a irmã, teria de se desgrudar do tio. Permanecendo acoplado jamais deixaria de ser um pastor de cabras sem salário e sem cultura.

Quando o tio se dispôs a voltar alegando haver abandonado seus negócios por muito tempo o rapaz anunciou sua decisão de permanecer na cidade. O tio passou a noite se lamentando em altos brados pelas dependências do hotel. Clamando a Deus e aos homens por testemunhas de sua honorabilidade e sua absoluta inocência em relação ao que pudesse sobrevir ao sobrinho. Apontava-o. Ralhava com ele taxando-o de mal agradecido por tudo o que recebera ao longo da vida. Por fim partiu ao clarear o dia levando a enteada em um carro de praça.

Empregou-se o rapaz em uma das lojas esforçando-se muito mais do que se esforçavam os demais empregados do estabelecimento. Precisava aprender de tudo, inclusive aperfeiçoar seus conhecimentos de soma e multiplicação. Precisava aprender a ler, precisava aprender a conversar, precisava aprender a se portar. E não tinha para tudo isso o futuro todo pela frente. Um único emprego não lhe daria a bolsa suficiente para a execução de seus planos. Trabalhava até altas horas em atividades alternativas. Ao nascer, o Sol o encontrava de gibão transportando mercadorias que chegavam ao mercado, incluindo carnes verdes que lhe tingiam os cabelos e lhe riscavam o corpo com sangue escorrido. A Lua da meia noite o via em bares e bordéis, trabalhando como garçom, porteiro, mocinho de recado entregando flores ou agenciando encontros. E durante oito horas, todos os dias úteis da semana, ele podia ser encontrado a serviço da loja de artigos finos.

Era ele agora um rapaz muito bonito, um moço fisicamente muito forte ainda que não corpulento nem tão alto. Bem vestido podia passar por filho de casa nobre. E era sempre muito bem vestido que se apresentava à noite nos bordéis e durante o dia na loja. Na noite ele era o mais cobiçado pelas mais belas mariposas que brigavam por ele. Na loja atraia os olhares das mais lindas mulheres da sociedade chique. Nas mesas de jogos tornou-se em pouco tempo um dos mais refinados salafrários.

No decorrer de poucos anos tinha já uma boa soma obtida com muito sacrifício e um cabedal de conhecimentos apreciável. Foi quando se apaixonou perdidamente por uma das garotas de um dos bordéis da cidade. A paixão foi devastadora. Intensa, queimando como em um alto forno nas fundições. A menina, porque pela idade não era muito mais do que uma menina moça, o cobriu de mimos, carinhos, presentes, cobrando em contra partida a liberdade sem o proibir diretamente de ser o que sempre havia sido. Dominado por aquela paixão passou a dispensar empregos. Já não acordava tão cedo para enfrentar o serviço pesado no mercado. Como empregado da loja chique manteve a mesma eficiência. Mas as primeiras horas da noite eram ociosas e ele as consumia rodeando meses de jogos. Durante esse tempo ela exercia a profissão entregando-se às orgias que o enciumavam a tal ponto que ele sentia a alma devorada por um milhão de dragões.

Nessa fase conselhos seriam inúteis.

Foi preciso levar um tombo de arrebentar, para acordar. A amante o deixou de um dia para outro e quase a zero em termos financeiros. Simplesmente bandeou-se com destino ignorado em busca das luzes que, ao que se dizia, eram mais coloridas e promissoras e não estavam assim tão longe, bastando uma viagem em transatlântico.

As quedas de um homem geralmente se fazem em estágios. Com ele aconteceu dessa maneira, afundando-se mais a cada revés sofrido. Por último restava-lhe o emprego na loja, as roupas finas que usava e os conhecimentos para sobreviver e, de certo modo, afundar-se ainda mais na escuridão das perdições.

De olho nele uma das damas da mais alta classe local passou a seduzi-lo com extrema habilidade. Tinha a senhora todas as informações a respeito do moço bonito, conhecia sua precária condição financeira, sabia de seus apetites, ouvira falar da mãe cega e da irmã cardíaca por quem ele se lançara ao mundo em busca do dinheiro que acabara perdendo por seus desatinos. Tinha a senhora especial interesse em realizar suas próprias fantasias as quais a levavam a sonhar com o jovem de boa estampa e fama de especialista nas artimanhas do amor.

No mais absoluto sigilo passou a freqüentar os porões dos ambientes mais sofisticados que até então sua imaginação fora incapaz de idealizar. Corria evidentemente riscos de vida em caso de descobertas suas aventuras. A mulher fazia jogo duplo para os quais ele não estava preparado. Ao menor sinal de complicações ela acionaria seus mecanismos de auto defesa e ele seria entregue aos cães de guarda do marido que obviamente o matariam sem permitir que o caso viesse a público transformando-se em um escândalo comentado tanto nos becos mais sórdidos quanto nos mais refinados salões.

Sabe-se lá por quais caminhos a luz que o abandonara voltou a brilhar iluminando sua mente e seu coração. Uma velha cortesã o tomou pelo braço e o conduziu a seus aposentos numa das madrugadas excitantes. Com sua voz rouca e sedutora pondo-se por costume em pose erótica sobre o catre lhe disse:

- Aprenda a perceber que o show envolve. O show desenvolve em você outra pessoa. Transforma o seu viver. Ilude pra valer. Depois, como a fumaça de um cigarro, se evapora. E embora você chore lágrimas de sangue, só conseguirá os sons dos cantos que o tangem pelos caminhos da perdição. Tudo, mas tudo mesmo, não passa de ilusão. Tudo como uma linda cena de cinema. Tudo falso e na verdade inexistente. Tudo virtual.

- Pois eu não vejo o show assim tão pernicioso – pensou ele sem nada dizer.

Os primeiros shows que a assistira aconteceram na casa do tio, quando era muito pequeno. Nada entendia a respeito daqueles jogos de sedução. Só depois, quando as longas horas de vigília no pastoreio permitiram meditar, viu claramente que para elas e para o tio as algazarras produziam seus efeitos. Que tipo de vida teria aquele trio sem os jogos de sedução? Certamente a vida vazia que vira muitas vezes nos olhos mortos da mãe. E o show não tem a função de eternizar momentos. A ele compete predispor à vida. O show transforma realmente. Faz da gente outra pessoa. Há uma evolução, ou uma involução, na mente e no espírito. Se a pessoa evolui ou se degrada, essa é outra questão.

As considerações sobre os shows permaneceram com ele por vários dias, ainda que ele apenas ocupasse os seus pensamentos em torno de shows eróticos. Moço falante, galante, alegre, um autêntico jogador que passara a acreditar que a vida é uma sucessão de pequenas apostas, mantinha-se calado a respeito daqueles pensamentos. Não desejava que alguém se divertisse à custa de seu esforço filosófico. Além do mais sentia que aqueles raciocínios não o levariam a parte alguma. Era evidente que as pessoas em geral gostavam de shows eróticos, embora seja difícil encontrar quem assuma que trás consigo essa sede. Mas essa verdade não o levaria a parte alguma.

A luz, entretanto, queria guiá-lo. Tirando talvez de um pedaço de suas próprias histórias, concebeu num estalo a idéia de organizar shows promocionais que o ajudassem a vender produtos de arte. Tâmara, a irmã, sonhava com bailados, queria ser dançarina. Com tal objetivo esteve sonhando muitos dias e amealhando pessoas com as quais compartilhava tais sonhos. Eram músicos, alfaiates, artistas plásticos, gente desse meio. Quando considerou que o projeto seria viável o ofereceu ao proprietário da loja para quem ele trabalhava. A idéia vingou. Arregimentaram bailarinas, músicos, fornecedores de alimentos e bebidas, locaram um salão que foi inteiramente reformado e mobiliado. Mercadorias foram importadas para comercialização exclusivamente durante os shows. Convites foram expedidos. A competição entre os endinheirados foi o fecho de ouro para o sucesso do empreendimento.

Os shows passaram a ser freqüentes. O rapaz passou a ter participação financeira nos resultados e em pouco tempo a ser ele próprio um importador de mercadorias, assumindo os negócios por conta e risco. Rico novamente foi buscar a mãe e a irmã.

- Começam agora os preparativos de um show para Tâmara – pensou ele ao sair da cidade em carro próprio com motorista particular.

O tio o tratou como trataria a um bem nascido endinheirado. Ofereceu um banquete e clamou pelo testemunho de Deus e dos homens sobre a intenção de seus gemidos quando o moço resolveu se emancipar. A estratégia, alegou, foi usada para ver até onde o sobrinho realmente desejava progredir por conta própria. Desejo que, aliás, o tornara ainda mais orgulhoso de alguém que trazia o sangue da família nas veias. O moço sentiu um desprezo tão grande pelo tio que por pouco não vomitou.

Na cidade grande realizou o desejo da irmã patrocinando a ela aulas de danças. Ela se fez bailarina talentosa, assumindo logo o lugar de primeira bailarina do corpo de baile. Linda, atraiu inúmeros pretendentes. Amasiou-se com um rico importador cujo amor não chegou ao ponto de levá-los à cerimônia matrimonial. Tâmara levou seu corpo de baile aos mais famosos cabarés e seu corpo de mulher perfumou o leito de sofisticados empresários do mundo dos grandes negócios. Faleceu, entretanto, poucos anos depois interrompendo uma série de shows promocionais intitulados “Um Show Para Tamara”.

Ele manteve a mãe servida por criados e criadas, morando em palacete requintado. Cega, taciturna, pouco mudou depois da morte da filha. Foi uma pessoa machucada pela vida a tal ponto que pelo menos aparentemente nunca esperou nada que não fossem lambadas doloridas.

O moço, entretanto, sentiu uma parte de sua vida evaporar com a morte da irmã. Por algum tempo imaginou sinceramente que não poderia nunca mais pôr seus pés em um ambiente onde houvesse danças e ofertas de corpos ou objetos. Seus dias eram longos, suas noites intermináveis. Amigos dos primeiros dias vieram depois de passado o tempo do luto e o convenceram a continuar na estrada. Promoveram, sem que ele soubesse, uma espécie de concurso para a escolha de uma bailarina que substituísse Tâmara no corpo de baile. A escolhida havia se apresentado com o nome de Tayma. Tinha a beleza plástica de Tâmara, mas mais jovem e mais alegre e mais sensual. Soube que aceitando a vaga teria de se apresentar com o nome da Tâmara. Concordou com olhos felizes, pois sabia do sucesso obtido por Tâmara e a invejara enquanto aprendia a dançar há poucos anos. Guardou consigo, entretanto, um fato: era apaixonada pelo irmão de Tâmara.

Seis meses depois, quando Tayma já havia se apresentado em vários shows, os amigos conseguiram trazer o moço para vê-la dançar.

Casa lotada. Artigos importados decorando o ambiente de luxo e esplendor. Garçons servindo as mais finas iguarias. Lindas mulheres vestindo modelos exclusivos. Luxo, luzes, luxo, requinte. Todos os sonhos de Tâmara.

Em um ponto especial ao lado da pista de dança, o puseram em uma das mesas mais enfeitadas. Ele muito bonito, bem vestido, rodeado por amigos fiéis e lindas garotas. Tayma surgiu em meio a uma nuvem multicolorida acompanhada em seguida por outras bailarinas e pelos músicos, apresentando-se na pista de dança. Ele acompanhou todos os passos e gestos da moça, simplesmente fascinado. Ela se sentiu encantada e ao mesmo tempo perturbada pela presença de um moço que lhe pareceu um príncipe elegante, bonito, seu bondoso patrão. Temeu vagar nas nuvens e errar tudo em sua apresentação.

Tayma estava dançando. Sonhador, ele a imaginou dançando exclusivamente para ele. O sonho era bom, encantava seu coração. Mas a realização da fantasia exigia uma nova aposta. E ele sabia que não tinha as cartas. O passado o prendia aos antros, tornando-o indigno daquela moça linda. Jamais ousaria tocá-la.

Tayma estava dançando. Sonhadora, ela o imaginou afagando-lhe os cabelos e pronunciando juras de amor sob um caramanchão florido. Mas a realização da fantasia exigia mais do que ela podia conseguir: apagar a origem pobre, carente de instrução aprimorada. Ele era rico, tinha aos seus pés as mais lindas mulheres bastando estalar um dedo. Jamais haveria de se interessar por ela.

Um show para Tâmara. Um show de encantos.

Uma oportunidade para você participar de apostas em ambiente repleto de luz, cores, luxo, iguarias, danças e festas, e adquirir produtos importados exclusivos.

Um show Para Tamara. Uma oportunidade para um moço escolher entre acovardar-se em razão de um seu passado de erros e acertos, ou fazer nova aposta na generosidade da vida tomando por esposa uma jovem linda e apaixonada por ele

Um show para Tâmara. Uma oportunidade para Tayma escolher entre acreditar que provir de origem humilde não é mancha e apostar em suas chances tentando um amor verdadeiro e bom, ou continuar dançando para todos e para qualquer endinheirado, em todos os lugares por onde o sucesso pessoal a conduzir.

FIM

O que eu também não entendo...


Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos
Traduzidos em palavras
Prá que você possa entender
O que eu também não entendo...
Amar não é ter que ter
Sempre certeza
É aceitar que ninguém
É perfeito prá ninguém
É poder ser você mesmo
E não precisar fingir
É tentar esquecer
E não conseguir fugir, fugir...
Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém
É por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito
Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo
Que você vai entender...
Posso brincar de descobrir
Desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos
E até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você
Eu tô tranquilo, tranquilo...
Agora o que vamos fazer
Eu também não sei
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Tô aprendendo também...

Letra da musica do Jota Quest
Composição: Fernanda Mello e Rogério Flausino

Ter o corpo de alguém,
não significa que
você conseguiu tocar o coração.
Isso é bem mais dificil...

Pensamentos Positivos


“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.”Shakespeare

“A águia gosta de pairar nas alturas, acima do mundo, não para ver as pessoas de cima, mas para estimulá-los a olhar para cima.”Elisabeth Küber-Ross

“Superar o fácil não tem mérito, é obrigação;Vencer o difícil é glorificante;Ultrapassar o outrora impossível é esplendoroso.”Alexandre Forteles

“O desejo mede os obstáculos, a vontade vence-os.”Herculano

“Fracasso não será fracasso, se dele tirarmos uma lição, por isso não tenha medo: arrisque.”Ronald Niednagel

“O destino não é uma questão de sorte, é uma questão de escolha. Não é algo pelo que se espera, mas algo a alcançar.”Willian Jennings Bryan

“Desejar é o primeiro passo para a conquista de nossos sonhos.”Autor desconhecido

“Sucesso é uma questão de não desistir, e fracassar é uma questão de desistir.”Walter Burke

“É melhor perguntar duas vezes do que se perder uma vez.”Provérbio dinamarquês

“Digno de admiração é aquele que, tendo tropeçado ao dar o primeiro passo, levanta-se e segue em frente.”Autor desconhecido

“Faça dos empecilhos da vida, verdadeiros degraus para o teu sucesso.”Autor desconhecido

“O erro nada tem de estranho. É o primeiro estado de todo o conhecimento.”Alain

“O propósito do aprendizado é crescer, e nossas mentes, diferentes de nossos corpos, podem continuar crescendo enquanto continuamos a viver.”Mortimer Adler

“Deixar de cometer erros está fora do alcance do homem. Entretanto, em seus erros e enganos, o sábio e o homem racional adquirem experiência para o futuro.”Plutarco

“O único homem que nunca comete erros é aquele que nunca faz coisa alguma. Não tenha medo de errar, pois você aprenderá a não cometer duas vezes o mesmo erro.”Roosevelt

“O otimismo é a fé em ação. Nada se pode levar a efeito sem otimismo.”Helen Keller

Outra vez, você vem
Despertar meus sentidos
Me acordar pra vida
De volta pro meu coração.
Outra vez, por amor
Eu me vejo despido
Me livrei da saudade,
O seu amor é bem vindo.
Quando eu andava madrugadas por aí,
Levando a noite sobre mim
Brigando pra mi esquecer.
Quando eu não tinha mais motivos pra sorrir,
Nenhum lugar pra onde ir
Você brilhou no meu viver.
Agora quem me vê não me conhece mais,
Eu mudei tanto, eu tenho paz,
Tenho você.
Descobri que o seu amor é minha fonte de prazer
Não ando mais vivendo apenas por viver...

Composição: Carlos Randall / Danimar

Como as folhas com o vento
até onde vai dar o firmamento
toda hora enquanto é tempo
vivo aqui este momento
hoje aqui amanhã não se sabe
vivo agora antes que o dia acabe
este instante nunca é tarde
mal começou eu já estou com saudades
me abraça, me aceita
me aceita assim meu amor
me abraça, me beija
me aceita assim como eu sou
e deixa ser o que for
como as ondas com a maré
até onde não vai dar mais pé
este instante tal qual é
vivo aqui e seja o que Deus quiser
hoje aqui não importa pra onde vamos
vivo agora não tenho outros planos
e é tão fácil viver sonhando
enquanto isso a vida vai passando...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mikaeli



Maior que a dor do parto é a dor da criança abandonada.
Assumir a paternidade e criar os filhos com dignidade, dando bons exemplos.
Esse é o caminho da cidadania.

(Elsimar Coutinho)

Coitado do ser humano
em quem não ficou nada
da criança.

(Anton Graff)

A culpa é o oposto da inocência, a culpa destrói a inocência. E, depois disso acontecer, será necessário recuperá-la, se aspirarmos - e aspiramos - a viver sempre.Talvez a grande tarefa da nossa vida seja tornarmo-nos de novo meninos: virmos a ser, por um esforço de vontade, aquilo que eles são pela idade.

(Paulo Geraldo)

A mulher, naturalmente, gosta de ser apreciada como pessoa.
Quanta desilusão e amargura quando percebe que foi tratada como objecto de usar e deitar fora! E um vestido assim, comprido e largo e bonito, facilita muito que a considerem como pessoa. Porque, ao contrário de muitas indumentárias modernas, evita que, ao olhar para ela, a atenção seja brutalmente chamada para o seu corpo, de onde dificilmente sairá mesmo que passem muitos anos.
Permite que se possa fixar mais nas características da sua personalidade, na sua feminilidade, no seu carácter, nas suas virtudes.

(Paulo Geraldo)

Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.
É só o amor,Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não contentar-se de contente.
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem .
Agora vejo em parte.
mas então veremos face a face.
É só o amor.
Que conhece o que é verdade.

Provérbios Biblicos:

"Melhor é um prato de hortaliça, onde há amor, do que o boi gordo, e com ele o ódio."
(prov. 15:17)

"Confia no Deus eterno de todo o seu coração e não se apóie na sua própria inteligência. Lembre-se de Deus em tudo o que fizer, e ele lhe mostrará o caminho certo." (Prov. 3:5-6)

"Meu filho, escute o que teu pai te ensina e preste atenção no que sua mãe diz." (Prov. 1:8)

"A bênção do Deus Eterno traz prosperidade, e nenhum esforço pode substituí-la." (Prov. 10:22)

"Porque o caminho dos Homens estão perante os olhos do Senhor, e ele considera todas as suas veredas." (Prov. 5:21)

"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira." (prov. 15:1)

"Uma lingua suave é a árvore da vida, mas a lingua perversa quebranta o espirito." (prov. 15:4)

"Quanto melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! e quanto mais excelente é escolher o entendimento do que a prata." (prov. 16:16)

"Deus sabe por onde você anda e vê tudo o que você faz." (Prov. 5:21)
"O ódio provoca brigas, mas o amor perdoa todas as transgressões." (Prov. 10:12)

Provérbios Populares:

"Não importa o tamanho da montanha, ela não pode tapar o sol."

"A língua resiste porque é mole; os dentes cedem porque são duros."

"Cuidado com aquele que tem a língua doce e uma espada na cintura. Um inimigo declarado é perigoso, mas um falso amigo é pior." "Se comermos menos, degustaremos mais."

"Espere o melhor, prepare-se para o pior e receba o que vier."

"Eu estava furioso por não ter sapatos; então encontrei um homem que não tinha pés e me dei por muito satisfeito."
"Dê um peixe a um homem faminto e você o alimentará por um dia. Ensine-o a pescar, e você o estará alimentando pelo resto da vida."

"Ser pedra é fácil, o difícil é ser vidraça."

"A mais alta das torres começa no solo."

"Se você quer manter limpa a sua cidade, comece varrendo diante de sua casa"

"Aquele que se importa com os sentimentos dos outros não é um tolo."

"Sem a oposição do vento, a pipa não consegue subir."

"Um homem feliz é como um barco que navega com vento favorável."

"O cão não ladra por valentia e sim por medo."

"Saber demasiado é envelhecer prematuramente."

"Deus nos dá as nozes, mas não as quebra."

"Não amamos as pessoas porque elas são bonitas, mas nos parecem bonitas porque as amamos."

"Um amigo fiel é o melhor remédio que se encontra na vida."

"Voltar atrás é melhor que perder-se no caminho."

"Volta teu rosto sempre na direção do sol e então as sombras ficarão para trás."

"Perdoe os seus inimigos,
mas nunca esqueça do rosto
e do nome deles"

Quem vai poder te dizer como estou são os meus olhos
Tanto tempo e nada mudou ainda te adoro
O desejo de amar continua queimando aqui dentro
E eu dizendo que tudo acabou palavras ao vento
É melhor eu abrir de uma vez dizer a verdade
Que eu te quero de volta pra mim eu sinto saudade
Essas coisas de amor acontecem sem explicação
E ninguém vai tomar seu lugar no meu coração
Eu te quero de noite
Eu te quero de dia
Que falta me faz sua companhia,
Não posso viver sem essa magia...

Cecílio Nena - Lalo Prado

O convite de casamento


A gente morou e cresceu na mesma rua
como se fosse o sol e a lua dividindo o mesmo céu
Eu a vi desabrochar ser desejada
uma jóia cobiçadao mais lindo dos troféus
Eu fui o seu gardião
Eu fui seu anjo amigo
mas não sabia que comigo
por ela carragava uma paixão
Eu a vi se aconchegar em outros braços
e sair contando os passos
me sentindo tão sozinho
no corpo o sabor amargo do ciume
a gente quando não se assume
Fica chorando sem carinho
O tempo passou e eu sofri calado
não deu pra tirar ela do pensamento
eu ia dizer que estava apaixonado
recebi o convite do seu casamento
com letras douradas num papel bonito
chorei de emoção quando acabei de ler
num cantinho rabiscado no verso
ela disse meu amor eu confesso
estou casando mais o grande amor
da minha vida é você.



Quanto o tempo o coração
Leva prá saber
Que o sinônimo de amar
É sofrer...
No aroma de amores
Pode haver espinhos
É como ter
Mulheres e milhões
E ser sozinho..
Na solidão de casa
Descansar
O sentido da vida
Encontrar
Quem pode dizer
Onde a felicidade está...
O amor é feito de paixões
E quando perde a razão
Não sabe quem vai machucar
Quem ama nunca sente medo
De contar o seu segredo
Sinônimo de amor é amar...
Quem revelará o mistério
Que tem a fé
E quantos segredos traz
O coração de uma mulher
Como é triste a tristeza
Mendigando um sorriso
Um cego procurando a luz
Na imensidão do paraíso
Quem tem amor na vida
Tem sorte
Quem na fraqueza sabe
Ser bem mais forte
Ninguém sabe dizer
Onde a felicidade está...
O amor é feito de paixões
E quando perde a razão
Não sabe quem vai machucar
Quem ama nunca sente medo
De contar o seu segredo
Sinônimo de amor é amar...

Zé Ramalho

A Um Passo da Eternidade




Luz
Dissolvendo o breu
Luz
Você e eu
Tua luz
Da animação
A chama de uma paixão
Tanto tempo
No mar errei
Tanto tempo
Procurando alguém
Tempo só
Tempestade
Olhos claros
Vem me chamar
A um passo da eternidade
Hoje a aurora vem me clarear
E a pureza me purificar
Vem matar a saudade
A um passo da eternidade
Quis
O mundo uma vez
Quis
Eu tive o que quis
Você
Dinheiro,papéis
E agora
Foram-se os anéis


Paulo Ricardo

A arte de fazer amor



É claro escuro
é riso,dor
É quase tudo,quase nada
Leve,furta-cor
Medo,mergulho
Caminha sobre o mar
A arte de fazer amor
e dar amor
Arde por você
e só por você
É calmo,tenso
Pura anarquia
É ditadura,escravidão
É o que não devia
Divino intenso
Parece flutuar
É infinito
Enquanto está
É tão bonito,tão distante
Não da pra explicar
É sacanagem
Gostoso de brincar
A arte de fazer amor
e dar amor

Composição: Paulo Ricardo/Fernando Deluqui

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Pensamentos


"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente..." (Soren Kierkegaard)


“Antes de iniciares a tarefa de mudar o mundo, dá três voltas na tua própria casa.”
(Provérbio chinês)


"Se a sua mente estiver dividida por dois desejos conflitantes, isso destruirá a sua unidade e paz. Lembre-se, quando tiver de segurar algo, segure-o; quando tiver de deixá-lo ir, deixe-o."
(Tsai Chih Chung)


“Se respeitar as pessoas como elas são, você poderá ser mais eficaz ajudando-as a se aperfeiçoarem.” (John Gardner)


"Olhe para a pessoa que lhe causa aborrecimento e tire proveito da oportunidade para controlar a própria ira e desenvolver a compaixão. Entretanto, se o aborrecimento for muito grande ou se você achar a pessoa tão desagradável que seja impossível agüentá-la, talvez seja melhor sair correndo!" (Dalai Lama)


“Ousadia contém gênio, poder e magia” (Göethe)


“Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida.” (Gandhi)


“Ambição é o caminho para o sucesso. Persistência é o veículo no qual se chega lá.” (Bill Eardley)


“Tornar simples o complicado é fácil. Tornar o complicado simples, isto é criatividade.”
(Charles Mingus)


“Para alcançar o conhecimento, acrescente coisas todos os dias. Para alcançar a sabedoria, remova coisas todos os dias.” (Lao Tse)


Além do horizonte deve ter
Algum lugar bonito
Pra viver em paz
Onde eu possa encontrar
A natureza
Alegria e felicidade
Com certeza...
La nesse lugar
O amanhecer é lindo
Com flores festejando
Mais um dia que vem vindo...
Onde a gente pode
Se deitar no campo
Se amar na relva
Escutando o canto
Dos pássaros...
Aproveitar a tarde
Sem pensar na vida
Andar despreocupado
Sem saber a hora
De voltar...
Bronzear o corpo
Todo sem censura
Gozar a liberdade
De uma vida
Sem frescura...
Se você não vem comigo
Nada disso tem valor
De que vale
O paraíso sem o amor...
Se você não vem comigo
Tudo isso vai ficar
No horizonte esperando
Por nós dois...
Além do horizonte
Existe um lugar
Bonito e tranquilo
Pra gente se amar...

Composição: Erasmo Carlos / Roberto Carlos

Eu me experimento inacabado. Da obra, o rascunho. Do gesto, o que não termina. Sou como o rio em processo de vir a ser. A confluência de outras águas e o encontro com filhos de outras nascentes o tornam outro. O rio é a mistura de pequenos encontros. Eu sou feito de águas, muitas águas. Também recebo afluentes e com eles me transformo. O que sai de mim cada vez que amo? O que em mim acontece quando me deparo com a dor que não é minha, mas que pela força do olhar que me fita vem morar em mim? Eu me transformo em outros? Eu vivo para saber. O que do outro recebo leva tempo para ser decifrado. O que sei é que a vida me afeta com seu poder de vivência. Empurra-me para reações inusitadas, tão cheias de sentidos ocultos. Cultivo em mim o acúmulo de muitos mundos. Por vezes o cansaço me faz querer parar. Sensação de que já vivi mais do que meu coração suporta. Os encontros são muitos; as pessoas também. As chegadas e partidas se misturam e confundem o coração. É nesta hora em que me pego alimentando sonhos de cotidianos estreitos, previsíveis.Mas quando me enxergo na perspectiva de selar o passaporte e cancelar as saídas, eis que me aproximo de uma tristeza infértil. Melhor mesmo é continuar na esperança de confluências futuras. Viver para sorver os novos rios que virão. Eu sou inacabado. Preciso continuar.Se a mim for concedido o direito de pausas repositoras, então já anuncio que eu continuo na vida. A trama de minha criatividade depende deste contraste, deste inacabado que há em mim. Um dia sou multidão; no outro sou solidão. Não quero ser multidão todo dia. Num dia experimento o frescor da amizade; no outro a febre que me faz querer ser só. Eu sou assim. Sem culpas...

"Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades,
teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando,
falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei
da sinceridade da platéia que sorria..."

"Prefiro me machucar com a mais dura verdade, do que me iludir com a mais doce mentira."

"O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a sua religião. Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se está trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas coisas simultaneamente. "

" Por fora... Um conceito seu Por deηtro ... Uмa persoηalidade мiηha"

"Não preocupe-se comigo; ocupe-se.
Sou o único responsável pelo que cativo"

"Olho por olho
e o mundo
acabará cego."

O amor que esperei tanto tempo
E encontrei quando te vi
O amor que sonhei tantas vezes está aqui
O amor que tanto procurei
Em você eu reconheci
O amor que inventei desde de cedo
chegou pra mim
E assim será até o fim
E assim será para nós dois
E assim será um grande amor até o final
E nunca nada pode separar um grande amor
Que o coração tanto esperou e assim será.
Eu sempre quis dizer te amo
Contar pra alguém os meus segredos
Tenho guardado poesias e tantos beijos
Em teus olhos descobri
Que foi feito para mim
E assim será...